O filme O Físico, adaptação do livro de Noah Gordon que eu já tinha lido há muito tempo, me tocou neste ponto. O que nos move?
O filme, que se passa por volta dos anos 1020, conta a história de um órfão Inglês que foi movido pelo amor ao conhecimento e à cura. Percorreu o mundo para buscar esse conhecimento com o Mestre conhecido Ibn Sina, na Pérsia! Vale a pena a leitura ou o filme!
Mas o que me deixou pensando foi essa tal força da vontade que nos move a todos, ou não, todos os dias. Porque fazemos o que fazemos e no momento em que fazemos? Conhecer-se é reconhecer as forças psíquicas que atuam em nós, de onde vem nossos desejos.
Como reconhecer os desejos que são do ego? Aqueles que tenho todos os dias, movidos pelo meu desejo de ser reconhecido, amado, acalentado nas minhas feridas, aqueles desejos que aplacam o medo, a insegurança…
E como reconhecer aqueles desejos mais profundos, que me levam em direção a quem eu sou de verdade, ainda que demandem muitos sacrifícios e ou obstáculos a serem vencidos, mas que no final deixam aquele gosto de certeza de ter feito a escolha mais certa?
Conhecendo-se. Observando-se. Ligando os pontos que me trouxeram a ser quem sou hoje.
A partir daí, experimentando nas minhas decisões diárias essa observação de mim mesmo, começo a identificar a diferença entre eles. O primeiro parece deixar uma sensação de vitória que se esvai rapidamente conforme aparece o mais novo desejo. O segundo, ao contrário, parece deixar uma sensação de paz e segurança do caminho tomado, é duradouro, pacífico.
Já parou para pensar no que tem te movido?
Nenhum comentário:
Postar um comentário