Pessoas queridas que passam por aqui diariamente ou que estão chegando pela primeira vez, tenho novo blog no ar www.analuizaferes.com. Dá uma olhadinha lá!
Depois de 8 anos resolvi que um novo blog era necessário. Foi um processo muito muito lindo que conto num post lá também! Lê lá!?
Não vou mais postar por aqui e espero super 'vê-los' por lá!
Beijos
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
sábado, 26 de agosto de 2017
O movimento do céu neste final de semana
Ontem 25/08, Saturno finalizou seu período de retrogradação em Sagitário, onde fica direto até 19/12, quando entra em Capricórnio, sua casa. Saturno é aquele professor exigente, que promove nossas mais difíceis tarefas e experiências, pois seu objetivo é nosso crescimento, amadurecimento e que possamos nos comprometer com nossos propósitos mais caros. Nos próximos 5 meses veremos muitos acontecimentos que mostram se as lições que ele está tentando nos ensinar desde o final de 2014 foram aprendidas. Veremos muitos resultados na área Sagitário do nosso mapa.
E amanhã, no seu primeiro grande encontro desse período final em Sagitário, Saturno faz um trino com Júpiter que está quase indo embora de Libra e vêm, há quase 1 ano, nos dizendo que nosso crescimento se dará a partir das relações. Ou seja, energia de amadurecimento e responsabilidade sobre com quem e como estamos nos relacionando. Está trazendo harmonia, crescimento e aprendizado??
Hoje é o dia em que Mercúrio, o planeta da comunicação, como pensamos, nossas crenças e ideias, se encontra com o Sol, no ponto médio da sua retrogradação, que começou em 12/08 e vai até 05/09. Mercúrio está retrogradando de Virgem a Leão, e hoje se encontra com o Sol em Virgem, para chegar em Leão em 31/08, quando estará no grau matemático do Eclipse total de Sol que aconteceu no karmático 29º de Leão e que mexeu muito com todos. Nesse dia, os assuntos que vieram à tona com o Eclipse deverão ser novamente ativados.
E quando Mercúrio tem esse encontro com o Sol, na metade exata do seu período de retrogradação, normalmente ele nos traz alguma dica, informação ou encontro que nos ajuda a entender de que se trata esse chamado de Mercúrio retrógrado. Porque a função de Mercúrio retrógrado é nos forçar a uma interiorização maior que nos permita aprofundar no autoconhecimento e seguir. Para cada um vai se tratar de um assunto diferente, de acordo com as casas ocupadas por Virgem e Leão no Mapa Natal.
Hoje também, Vênus, o planeta do desejo, da beleza e dos prazeres entrou em Leão, para ficar pelos próximos 28 dias. Pedindo que nosso brilho se destaque no meio da multidão. Pedindo que nossos desejos estejam alinhados com nossas ações e com aquilo que está mais próximo ao nosso coração.
Resumindo, o Céu deste final de semana está intenso e fazendo vários movimentos. Sabe aquela frase "assim na Terra como no Céu"? Pois é. Eu acredito que quando aprendemos a fluir com o movimento do Céu ao invés de impor nossos desejos e vontades do Ego, a vida fica tão mais leve e bela!!! Por isso gosto de observar o Céu como observo a mim, diariamente. Cuidadosamente, atentamente, sensivelmente, delicadamente…
Anotem as datas e observem!
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quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Clima astrológico do momento
Agosto mês dos ventos e dos "cachorros loucos". Agosto de 2017 e o clima astrológico no céu tá que tá. Muito vento. Estamos em plena temporada de Eclipses. Tivemos um de Lua em Aquário dia 07/08 e teremos um de Sol, total, em Leão, na segunda-feira dia 21/08.
Eclipses acontecem 2 x por ano, sempre em pares, em signos opostos na mandala astrológica. E são momentos em que determinado ponto do nosso mapa está carregadíssimo de energia pela presença dos Nodos Lunares e normalmente outros planetas juntos.
Neste momento temos 5 planetas retrogradando - com energia de re-visão, re-avaliação, re-visita de situações, projetos, pessoas... Temos Saturno, o planeta da responsabilidade e amadurecimento, cuja vivência mais forte temos entre 28 e 30 anos, mais ou menos, retrógrado no signo mais expansivo do Zodíaco, Sagitário. Expandir com pé no chão. Temos Plutão, o mais escorpiano dos planetas, que pede transformações profundas, no signo das estruturas, trabalho, Capricórnio. Netuno está retrogradando em Peixes, sua casa; energia dupla para que os sonhos ou ilusões saiam à luz. Urano, o planeta regente de Aquário (Eclipse de 07/08) retrograda em Áries, pedindo revoluções e inovações em como pensamos, como nos colocamos no mundo. E por fim Mercúrio, planeta das crenças, pensamentos, estudos, comunicações, retrogradando de Virgem a Leão, onde teremos o Eclipse de 21/08. Dos detalhes e cuidados virginianos para a coragem leonina. Coragem = agir com o coração.
O da próxima segunda-feira, será um Eclipse total de Sol em Leão com energia parecida ao que aconteceu em 1999. Leão é aquela área do mapa onde queremos brilhar. Coletivamente, estamos super influenciados por essa energia de brilhar, fazer com o coração, aquilo que me ilumina de prazer, entrega, significado.
Momento importantíssimo para prestarmos atenção nos nossos sonhos, insights, encontros e desencontros. Conhecer a si mesmo é reconhecer, através das diferentes linguagens simbólicas que nos permitem ler, o escondido em nós.
Eclipses acontecem 2 x por ano, sempre em pares, em signos opostos na mandala astrológica. E são momentos em que determinado ponto do nosso mapa está carregadíssimo de energia pela presença dos Nodos Lunares e normalmente outros planetas juntos.
Neste momento temos 5 planetas retrogradando - com energia de re-visão, re-avaliação, re-visita de situações, projetos, pessoas... Temos Saturno, o planeta da responsabilidade e amadurecimento, cuja vivência mais forte temos entre 28 e 30 anos, mais ou menos, retrógrado no signo mais expansivo do Zodíaco, Sagitário. Expandir com pé no chão. Temos Plutão, o mais escorpiano dos planetas, que pede transformações profundas, no signo das estruturas, trabalho, Capricórnio. Netuno está retrogradando em Peixes, sua casa; energia dupla para que os sonhos ou ilusões saiam à luz. Urano, o planeta regente de Aquário (Eclipse de 07/08) retrograda em Áries, pedindo revoluções e inovações em como pensamos, como nos colocamos no mundo. E por fim Mercúrio, planeta das crenças, pensamentos, estudos, comunicações, retrogradando de Virgem a Leão, onde teremos o Eclipse de 21/08. Dos detalhes e cuidados virginianos para a coragem leonina. Coragem = agir com o coração.
O da próxima segunda-feira, será um Eclipse total de Sol em Leão com energia parecida ao que aconteceu em 1999. Leão é aquela área do mapa onde queremos brilhar. Coletivamente, estamos super influenciados por essa energia de brilhar, fazer com o coração, aquilo que me ilumina de prazer, entrega, significado.
Momento importantíssimo para prestarmos atenção nos nossos sonhos, insights, encontros e desencontros. Conhecer a si mesmo é reconhecer, através das diferentes linguagens simbólicas que nos permitem ler, o escondido em nós.
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quinta-feira, 10 de agosto de 2017
Cuidar
Aproveitando a energia de Vênus, planeta que rege o feminino, os desejos, o sensorial... em Câncer, signo da casa, da Lua, da espaços e laços íntimos... tem dado muita vontade de falar sobre o cuidar.
Como me cuido? Como cuido do meu corpo, da minha casa, das minhas relações? Muitas vezes cuidamos mais do outro do que de nós mesmos. Controle? Necessidade de agradar? Ser amada?
Qual o tempo que tenho dedicado ao cuidar de mim mesma, do meu corpo, dos meus espaços de intimidade? "Ah nunca sobra tempo!", eu ouço com muita frequência.... Frase que eu mesma usei por muito tempo na minha vida.
Até que decidi, ou aprendi, que cuidar mais de mim era o básico necessário para que eu pudesse pretender cuidar de mais alguém. E os passos que dava no meu trabalho como terapeuta também me ajudaram nesse processo de decisão/aprendizado mais acelerado, porque era uma exigência diária estar cuidada para poder cuidar.
Fui paulatinamente fazendo uma série de mudanças na minha vida. Começar encontrando tempo no final de semana para uma esfoliação, uma hidratação, um escalda pés, já ajudava muito.
Há 2 anos mais ou menos comecei a alterar os horários do consultório para começar a atender não antes de 9:30 da manhã. Porque antes disso eu consigo fazer minha prática de yoga ou treino aeróbico, meditar, tomar banho tranquila, hidratar, ir na quitanda por exemplo, no dia que preciso pensar no almoço, comer alguma coisa e entrar então no meu trabalho de corpo e alma.
São muitas formas de cuidar de si mesma, e cada um vai encontrar aquele espaço de prazer, aquela prática que faz sentido, aquele horário que combina consigo. Outra coisa que mudei e não fico mais sem é frequentar a feira de orgânicos aos sábados. Tem muitos espaços em Ribeirão Preto (link aqui), onde moro e tenho certeza que na sua cidade também deve ter. Sinto que é uma forma muito carinhosa de cuidado comigo e com meu corpo quanto mais eu consigo comer orgânicos, de produtores locais, sem tanta comida industrializada, envenenada ou viajada. Ah, não uso mais microondas também, dei o meu de presente!
O cuidado com a casa também veio mudando bastante nesse período. Ainda tenho ajuda duas vezes por semana, mas cozinho muito mais, cuido das minhas plantas, e muitos dias eu arrumo camas e banheiros, cozinha, lavo louça sem pressa e com capricho. Aprendi a encarar esse tempo como oportunidade de treinar a concentração, foco e o esvaziar da mente enquanto isso. Outras vezes, enquanto cozinho ou lavo louça, coloco áudios que não tenho tempo de ouvir em outros momentos, para refletir sobre astrologia por exemplo, que eu adoro aprender!
Sinto que o cuidar-se e o amor próprio estão intimamente vinculados. De frente para trás e vice-versa. A consciência que colocamos em cada coisa, cada ato, cada fazer e não fazer é o que vai transformando tudo. Sem esforço. Apenas consciência.
Como me cuido? Como cuido do meu corpo, da minha casa, das minhas relações? Muitas vezes cuidamos mais do outro do que de nós mesmos. Controle? Necessidade de agradar? Ser amada?
Qual o tempo que tenho dedicado ao cuidar de mim mesma, do meu corpo, dos meus espaços de intimidade? "Ah nunca sobra tempo!", eu ouço com muita frequência.... Frase que eu mesma usei por muito tempo na minha vida.
Até que decidi, ou aprendi, que cuidar mais de mim era o básico necessário para que eu pudesse pretender cuidar de mais alguém. E os passos que dava no meu trabalho como terapeuta também me ajudaram nesse processo de decisão/aprendizado mais acelerado, porque era uma exigência diária estar cuidada para poder cuidar.
Fui paulatinamente fazendo uma série de mudanças na minha vida. Começar encontrando tempo no final de semana para uma esfoliação, uma hidratação, um escalda pés, já ajudava muito.
Há 2 anos mais ou menos comecei a alterar os horários do consultório para começar a atender não antes de 9:30 da manhã. Porque antes disso eu consigo fazer minha prática de yoga ou treino aeróbico, meditar, tomar banho tranquila, hidratar, ir na quitanda por exemplo, no dia que preciso pensar no almoço, comer alguma coisa e entrar então no meu trabalho de corpo e alma.
São muitas formas de cuidar de si mesma, e cada um vai encontrar aquele espaço de prazer, aquela prática que faz sentido, aquele horário que combina consigo. Outra coisa que mudei e não fico mais sem é frequentar a feira de orgânicos aos sábados. Tem muitos espaços em Ribeirão Preto (link aqui), onde moro e tenho certeza que na sua cidade também deve ter. Sinto que é uma forma muito carinhosa de cuidado comigo e com meu corpo quanto mais eu consigo comer orgânicos, de produtores locais, sem tanta comida industrializada, envenenada ou viajada. Ah, não uso mais microondas também, dei o meu de presente!
O cuidado com a casa também veio mudando bastante nesse período. Ainda tenho ajuda duas vezes por semana, mas cozinho muito mais, cuido das minhas plantas, e muitos dias eu arrumo camas e banheiros, cozinha, lavo louça sem pressa e com capricho. Aprendi a encarar esse tempo como oportunidade de treinar a concentração, foco e o esvaziar da mente enquanto isso. Outras vezes, enquanto cozinho ou lavo louça, coloco áudios que não tenho tempo de ouvir em outros momentos, para refletir sobre astrologia por exemplo, que eu adoro aprender!
Sinto que o cuidar-se e o amor próprio estão intimamente vinculados. De frente para trás e vice-versa. A consciência que colocamos em cada coisa, cada ato, cada fazer e não fazer é o que vai transformando tudo. Sem esforço. Apenas consciência.
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terça-feira, 6 de junho de 2017
Sobre o Tantra Yoga da Caxemira na minha vida
Conheci essa linhagem do Tantra Yoga da Caxemira ano passado, na primeira vinda de Mariette Raina ao Brasil, quando participei de um workshop de 3 dias em Julho. Depois, fui ao segundo workshop dela no Brasil, em Novembro do ano passado por mais 3 dias e fiz uma primeira sessão individual. Foi tão incrível para mim a experiência - já vou contar mais.. - que no final do ano fui a Montreal, no Canadá, por 20 dias para me aprofundar nesse conhecimento, fazendo aulas com ela e me nutrindo em leituras, práticas e reflexões. Veja um breve relato sobre esse período aqui.
Preciso dizer que já tinha praticado yoga em diferentes momentos da vida e sempre gostei muito. Também preciso dizer que desde muito cedo na minha vida - cedo mesmo, tipo 5 ou 6 anos de idade - questões existenciais são uma questão para mim. E que desde meus 20 anos, mais ou menos, tenho uma busca intensa para mergulhar nessas questões, entender-me e à vida ao meu redor. Busquei escolas filosóficas, retiros, estudos, psicoterapia, leituras e diferentes linhas de pensamento e religião. Quando eu conto que tive um grupo de estudos da Bíblia, com 2 amigos queridos e muito estudiosos, uma católica apostólica romana, criada em Minas, sabe, aquela gente doce e rezadeira, e um amigo judeu, das pessoas mais cultas e inteligentes que conheci nessa vida, as pessoas acham engraçado. Mas sim, isso aconteceu! E foi lindo!!
Em suma, conto isso para que entendam um pouco da história que me levou ao encontro do Tantra Yoga da Caxemira, por sugestão de uma mestra querida que encontrei nessa vida, com quem estudei sobre o feminino e aprendi e aprendo muito, Maria Soledad.
A lentidão dos movimentos, realizados em estado meditativo e que trabalham no processo até o ásana e não focando nesse como o objetivo, diz muito sobre esse conhecimento. A observação de cada parte do corpo no processo de chegar ao ásana fala tanto de nós, nossas emoções, pontos de tensão e relaxamento...
A vida e tudo que acontece, como expressão da consciência, na visão não dualista do Tantra da Caxemira faz tanto sentido para mim. Sem certos ou errados, sem dogmas ou regras. Apenas a observação de si mesmo e da vida a cada momento. Levando a uma ampliação de consciência de si, do todo, de forma contínua, precisa, que penetra o corpo e a alma. Assim tem sido para mim.
Mariette está de volta ao Brasil daqui a pouco, com worskhops em São Paulo, Brasília, São Luis/MA, Itacaré/BA, São José do Rio Preto/SP e Chile. Vai ser incrível estar de novo imersa por alguns dias nessa vibração. Eu mais do que recomendo para quem busca sinceramente viver conscientemente.
Quem quiser saber mais pode me escrever analuferes@gmail.com ou acessar o link do evento num lugar de natureza bem próximo a São Paulo.
Preciso dizer que já tinha praticado yoga em diferentes momentos da vida e sempre gostei muito. Também preciso dizer que desde muito cedo na minha vida - cedo mesmo, tipo 5 ou 6 anos de idade - questões existenciais são uma questão para mim. E que desde meus 20 anos, mais ou menos, tenho uma busca intensa para mergulhar nessas questões, entender-me e à vida ao meu redor. Busquei escolas filosóficas, retiros, estudos, psicoterapia, leituras e diferentes linhas de pensamento e religião. Quando eu conto que tive um grupo de estudos da Bíblia, com 2 amigos queridos e muito estudiosos, uma católica apostólica romana, criada em Minas, sabe, aquela gente doce e rezadeira, e um amigo judeu, das pessoas mais cultas e inteligentes que conheci nessa vida, as pessoas acham engraçado. Mas sim, isso aconteceu! E foi lindo!!
Em suma, conto isso para que entendam um pouco da história que me levou ao encontro do Tantra Yoga da Caxemira, por sugestão de uma mestra querida que encontrei nessa vida, com quem estudei sobre o feminino e aprendi e aprendo muito, Maria Soledad.
A lentidão dos movimentos, realizados em estado meditativo e que trabalham no processo até o ásana e não focando nesse como o objetivo, diz muito sobre esse conhecimento. A observação de cada parte do corpo no processo de chegar ao ásana fala tanto de nós, nossas emoções, pontos de tensão e relaxamento...
A vida e tudo que acontece, como expressão da consciência, na visão não dualista do Tantra da Caxemira faz tanto sentido para mim. Sem certos ou errados, sem dogmas ou regras. Apenas a observação de si mesmo e da vida a cada momento. Levando a uma ampliação de consciência de si, do todo, de forma contínua, precisa, que penetra o corpo e a alma. Assim tem sido para mim.
Mariette está de volta ao Brasil daqui a pouco, com worskhops em São Paulo, Brasília, São Luis/MA, Itacaré/BA, São José do Rio Preto/SP e Chile. Vai ser incrível estar de novo imersa por alguns dias nessa vibração. Eu mais do que recomendo para quem busca sinceramente viver conscientemente.
Quem quiser saber mais pode me escrever analuferes@gmail.com ou acessar o link do evento num lugar de natureza bem próximo a São Paulo.
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yoga
terça-feira, 23 de maio de 2017
Curso "A Mulher e os Ciclos: da Lua, da Vida"
“El ciclo menstrual femenino es un poderoso proceso creativo cuyos efectos no se reducen al plano meramente fisiológico, sino que también se hacen sentir intensamente a nivel psicológico y espiritual” Miranda Gray
A vida acontece em ciclos. Na história, na moda, nas estações do ano... tudo na natureza parece ser cíclico. Assim também acontece com a mulher, que a cada ciclo menstrual tem a possibilidade de viver diferentes energias e potenciais em si mesma.
Acontece que fomos perdendo o conhecimento ancestral que nos permitia desfrutar a cada ciclo a plenitude da energia criativa, emocional, espiritual e física que está a nossa disposição.
Nesse curso vivencial vamos conhecer de perto a energia que predomina em cada parte do nosso ciclo mensal e aprender a trabalhar com ela para nosso maior equilíbrio, harmonia e bem-estar.
Vamos também aprender sobre os 4 ciclos da vida da mulher que podem ser vividos na plenitude; diferente da forma como temos vivido na sociedade contemporânea, onde só o ciclo produtivo importa.
Ser mulher pode ser uma experiência completamente diferente da que temos sentido até aqui!! Curso exclusivo para mulheres, desde a primeira menstruação e não importa a idade ou ciclo da vida, de verdade! ♥
Neste sábado dia 27/05 começamos esse curso em 2 sábados de manhã, no Espaço Satya em Ribeirão Preto. Para fazer sua inscrição mande email para contatoyoga@espacosatya.co m.br ou acesse o link
segunda-feira, 8 de maio de 2017
Dança Circular ≈ Meditação em Movimento ≈ Individuação
As Danças Circulares são danças dos povos,
dançadas em diferentes culturas e momentos da humanidade, desde sempre. É uma
meditação em movimento. Enquanto você se deixa levar pela roda e vai acertando
os passos, sua mente fica tão concentrada naquele processo, naquele passo,
naquele ritmo, que vai entrando em um vazio meditativo delicioso. Eu adoro!
O círculo é um dos símbolos mais importantes e
poderosos e uma das grandes imagens arquetípicas da humanidade. São infinitas
as imagens circulares encontradas no mundo. Círculo, forma universal que
representa o todo unificado, sem começo, meio ou fim. Sem hierarquia.
Enquanto dançamos em Círculo, vamos desenhando
uma Mandala. Em suas obras, Jung refere-se às Mandalas, palavra sânscrita
que significa círculo, como símbolo dos “si mesmo”, a totalidade da
personalidade - o SELF. Para ele, a meta do desenvolvimento psíquico é a
individuação, ser o “si mesmo” que se é, e a aproximação em direção a ela não é
linear, mas circular.
Dançar
é movimento. Do corpo, da energia, da vida. O movimento, o ritmo e a
participação de cada um faz como que o círculo seja vivenciado como símbolo
vivo e pulsante. Se energia psíquica para Jung é igual energia vital, a partir
do momento que eu trabalho o movimento nas danças, ativando a minha energia
vital, estou também ativando a minha energia psíquica. Fazendo fluir conteúdos
entre as diferentes camadas da psique, ou seja, tornando conteúdos
inconscientes, conscientes – individuando.
"Dançar é
celebrar, é a demonstração dos sentimentos quando as palavras são
insuficientes. O homem primitivo dançava em todas as ocasiões, ao amanhecer, na
morte, no nascimento, para celebrar um encontro, o casamento, a boa caça, o
plantio e a colheita. A primeira representação de uma dança em grupo encontrada
na história da humanidade, data de 8.000 anos a.C., é a Roda de Addaura,
localizada em Palermo na Itália."
A dança circular enquanto movimento teve
início em 1976, através do bailarino e coreógrafo polonês Bernhard
Wosien. Segundo ele, o intuito era trabalhar uma expressão corporal que
pudesse transmitir organicamente um estado espiritual de alegria e amor. Conseguiu.
Todas
as danças circulares são um convite para olharmos para nós mesmos e para o
outro e podem ajudar na construção de caminhos para essa essência que Jung
chamou de Self, pois, possibilitam a vivência simbólica e
energética dos arquétipos e imagens simbólicas inconscientes, propiciando a
integração desses conteúdos.
Vamos
dançar?
p.s:
conteúdo baseado no trabalho de Conclusão de Pós-Graduação em Psicologia
Analítica no Instituto Ânima, de autoria de Amanda Vigo - "A
contribuição das danças circulares para o processo de individuação proposto por
C. G. Jung."
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dança circular,
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Jung,
meditação
sábado, 22 de abril de 2017
Uma carta vinda da Índia (A letter from India by Mariette Raina*)
Cá estou eu novamente na Índia. Quando o solo indiano penetra
seu ser, torna-se algo como uma fragrância de perfume, misteriosamente
irresistível, que se quer perseguir.
Cheguei em Delhi e imediatamente embarquei num trem em direção a Gwalior.
No mesmo dia da minha chegada, consegui ir até o forte – um
dos importantes monumentos turísticos da região, estratégico para a ascensão e
queda de inúmeros impérios desde que foi construído, no Século VIII. Conforme
me aventurava entre os quartos do forte, um guia turístico gentilmente me
ofereceu seus serviços e, logo depois, um jovem casal indiano nos fez companhia.
Juntos revivemos a história do forte, nos comunicando um pouco em inglês e um
pouco em híndi. Entre perguntas e
respostas, vejo o lugar se transformar
em um majestoso e vibrante salão de baile e concerto, depois num espaço para
digníssimos e marajás, seguido pelos quartos das oito mulheres do rei e por fim
o quarto de tortura de Moghul. Na
minha imaginação posso ver as cores da atmosfera festiva, através das marcas
dos espelhos que ainda estão nas paredes, e imagino o ambiente refletido na iluminação
das lamparinas à óleo, coloridas nuances de uma noite de espetáculos.
De novo e mais uma vez, me dou conta do quão profundamente
passado e presente se fundem – um sentimento que me é familiar quando estou em
casa em Paris. A noite no hotel, me chama atenção um sofisticado casal inglês que
exala o perfume de uma vida repleta de importantes experiências propositalmente
cultivadas. Como na Índia, em Israel ou outras partes do mundo, você encontra
pessoas com suas histórias individuais, cada um no seu microcosmo, fazendo
parte de algo muito maior. É uma atmosfera que não tem nada a ver com idade.
Me sinto à vontade com meu guia e sinto que ele acha curioso
meu entusiasmo por pedras antigas. Ele se oferece para me acompanhar pelo resto
do dia. Os templos margeiam a estrada de terra, onde também jogam críquete, os meninos da prestigiosa escola Gwalior. As dependências dos professores da escola
estão na rota para o Templo Sikh, onde poderemos comer. Aqui, refeições são servidas durante todo o
dia. Meu guia conhece todo mundo, o que me dá o privilégio de ser convidada
para conhecer a cozinha. As refeições são preparadas em caldeirões gigantes – é
maravilhoso! O chefe de cozinha é um Sikh com semblante generoso; suas
sobrancelhas brilham com as pérolas de suor que gotejam sob seu turbante.
Apesar de ser solteiro ele é casado com sua cozinha, dedicado a cuidar dela. Já
seu irmão mais novo, de 23 anos, espera se casar nos próximos 2 anos. Ele me
mostra fotos de sua prometida – um casamento arranjado pela família.
Já são 4 da tarde então me preparo para voltar para casa. Um
jovem indiano, vestido com uma camisa xadrez e um chapéu fedora, pula na minha
frente com sua moto. “Madame, quer uma carona? Quer que eu a deixe em algum
lugar?” Sorrindo eu pergunto se a carona é de graça e monto atrás dele na moto,
apoiando meus braços nos seus ombros. Em minutos e depois das perguntas normais
sobre meu país e atividade, ele tinha me trazido para o centro da cidade e
generosamente pagou para um rickshaw me
levar ao hotel. Ainda que eu possa pagar pelo meu próprio transporte ele
insiste em recusar meu reembolso, dizendo que eu sou uma convidada do país
dele. Eu graciosamente agradeço e desejo boa sorte a ele. Quando chego no meu
quarto, minha energia restante já era e por volta das 8 da noite caio num sono
profundo.
As 3 da madrugada em ponto estou de pé, completamente
acordada. A cidade está adormecida. Eu sento no meu tapete de yoga aproveitando
a chance para uma sessão matinal. Exatamente às 5:30 da manhã o chefe de
cozinha bate na minha porta. Ah sim, eu esqueci de mencionar o chef: ontem de manhã, logo depois do
café da manhã, o chefe de cozinha gentilmente se ofereceu para me guiar por um tour nos jardins do hotel, ao fundo dos
quais encontram-se três lindos templos. Nas paredes externas ainda tem traços
da policromia remanescente dos antigos afrescos. Ele parece encantado com as coisas
que chamam minha atenção e mais ainda com minhas tentativas de falar híndi, mas
ele fica mesmo tocado com minha sinceridade para com a cultura indiana e
indiretamente para com ele. Os portais
das paredes internas centrais estão fechados mas sou convidada a assistir ao “arti” na madrugada seguinte, quando o
sacerdote honrará os ícones. Novamente as 5:30 da manhã em ponto o chefe de
cozinha bate na minha porta e pegamos nosso caminho. O sacerdote já começou a
cerimônia não-oficial. Dentro das paredes centrais tem um pequeno altar
vermelho, decorado com inúmeras estatuetas das deusas – as nove mães e no
centro uma escultura gigantesca de Hanuman, datada do século XVIII. Eu descubro
as antigas pinturas que decoram as paredes e o teto, dessa vez muito bem preservadas dentro das
paredes eternamente fechadas onde a entrada de luz é escassa. Fora dali o dia vai nascendo devagar.
São 8 da manhã e meu guia chega em sua moto. Nos preparamos
para partir para um dia de visitas aos menos acessíveis e mais retirados
templos. Quando subimos na moto o gerente do hotel oferece um capacete para o
guia. Enquanto ele se vira para mim, eu espero que o guia vá me oferecer o
capacete, mas estava errada. Ele apenas diz “está muito frio esta manhã” e
prossegue cobrindo sua própria cabeça. Eu suponho que aqui na Índia, o capacete
seja usado para manter a cabeça aquecida – o que até me parece adequado,
considerando a hora gelada da manhã e a viagem ao ar livre na moto. Felizmente o dia amanhece e o sol delicadamente
aquece nossos corpos.
Atravessamos da cidade para a aldeia; a luz do sol vai
deslizando pelo chão perseguindo as sombras e revelando o aroma especial do
interior. Eu procuro guardar na memória tudo que vejo: na calçada, crianças
uniformizadas indo para a escola de mãos dadas, um velho senhor enrolado em seu
xale branco como uma estátua, um outro varrendo a terra vermelha acumulada e
levantando ondas de poeira atrás de si, dois homens de braços dados, viajando
num tuk tuk e um deles fazendo
massagem na orelha do outro, uma mulher vestida num sari azul e enrolada num xale azul turquesa, um homem assoando o nariz
nas mãos, vegetais no chão cobertos de pó, um rebanho de pequenas vacas
atravessando a rua, crianças a correr descalças, as casas pintadas de azul
celeste e rosa bombom, o esterco de vaca secando ao sol, mulheres trabalhando
nos campos com seus saris coloridos
que parecem flores em meio ao campo verde, anciões da aldeia com seus olhos
brilhantes escondidos por trás de seus rostos magros e sua pele curtida de sol.
Lá está, distante, vejo Mitauli. Curiosamente, a maioria dos
templos yoginis, sempre reconhecíveis
pela estrutura circular e sem teto, estão construídos nas montanhas. De longe Mitauli forma um círculo majestoso. Uma
vez lá, percebo que algumas partes do templo foram reconstruídas e está muito
bem preservado e, a julgar pelos vestígios de rituais e de incenso fresco,
ainda recebe algumas discretas atividades. Os templos yoginis
estão relacionados a tradições secretas sobre as quais sabemos muito pouco. Percebo
que nem os guias e nem os locais que se juntaram a nós sabem de fato qual era o
propósito daquele templo. No máximo aprendi que esse templo é chamado “Templo
Yogini 64” apesar de abrigar 71 nichos.
Um dos guias me explica que yoginis
eram poderosas deusas e as pessoas vinha ao templo para receber a energia delas.
Passamos a tarde visitando três templos na região. É lindo; me
sinto em casa. Às vezes eu lamento não ter prestado mais atenção nas aulas de
arqueologia, mas na época eu não me interessava tanto pelas antiguidades e eu
ainda não tinha me dado conta de que a história e o significado esotérico são
dois lados da mesma moeda e o estudo de um leva, inevitavelmente, ao
conhecimento do outro. Entre as visitas aos templos paramos para beber um chai, conversar com os locais e até
aprender a dirigir a moto nas trilhas indianas. Meu guia é adorável e um bom
professor: ele conversa comigo quase todo o tempo em híndi, mas devagar e
pacientemente, o que me força a estar num estado de constante atenção ao mesmo
tempo que absorvo um bocado de informação em um só dia. Lá pelas 3 da tarde
decidimos voltar para casa. Está quente e como ele não quer o capacete nessa
hora, eu o coloco. Mudança de planos no último minuto: sou convidada para comer
com a família do irmão do meu guia e devolver a moto dele.
Quando chegamos, todos me olham com seus sorrisos tímidos e
cheios de curiosidade como se um evento especial estivesse prestes a acontecer.
As crianças se escondem e eu sou convidada a descansar em uma das camas
enquanto a comida está sendo preparada.
Falamos em híndi, bebemos chá e o tempo voa. Com exceção do meu guia
ninguém fala inglês, então ou ele traduz para mim ou simplesmente deixa que eu
me vire com a sua família. A comida é servida: chapatis com guee e sabji. Então chega a vez da dona da casa
comer também. Finalmente, quando todos comeram, a jovem me oferece óleo e um
pente – eu imagino que seja a hora de nos arrumarmos. Ela me empresta um batom
rosa-fúcsia que pode ficar lindo no tom da pele indiana mas que na minha pele
clara fica um pouco exagerado.
Enquanto isso, os meninos estão fazendo seus cadernos para a
escola. Por mais de uma hora eu os vejo costurar papelão cortado e folhas
soltas com fitas vermelhas, criando um caderno caseiro de 80 páginas. A capa de
papelão é devidamente protegida por um plástico da embalagem de fraldas de bebê
ou jornais indianos. Confesso que estou sem palavras; cá estamos nós, bem longe
da tradicional corrida anual às lojas de materiais escolares para comprar tudo
para o primeiro dia de aula, tão típica no ocidente.
São 4:30 da tarde – hora de pegar a estrada. Dessa vez o
irmão do meu guia vai dirigindo, o guia vai no banco de trás e eles me oferecem
uma carona. Chegamos à estação de trem onde, por um milagre, consigo um ticket
no último minuto. Amanhã eu parto para Varanasi para encontrar brevemente meu
professor de sânscrito e alguns amigo. Uma visita rápida, por uma semana, antes
de pegar meu caminho para Mysore.
Os cinco dias desde que cheguei parecem dois meses. Ontem
encontrei um casal de ucranianos que me perguntou se acho difícil viajar
sozinha. Eu respondi que viajar sozinha é igual viajar com amigos que você
ainda não conhece. Cada encontro revela algo mágico e não planejado,
especialmente se você está na Índia. Não tem mistério quando nos conhecemos.
Esse mês não há o que concluir. As palavras se encarregam disso,
e por trás delas se esconde um vasto mundo que podemos sentir simplesmente
fechando nossos olhos e nos deixando capturar por elas. Já está aqui, nesse
exato momento, para além das limitações de tempo e espaço. As histórias são
apenas um perfume que nos lembra da presença da flor, da beleza – arte e
espiritualidade. Em última instância nenhum dos dois existem; há apenas a vida,
momento a momento.
Estou pegando a estrada novamente e em algumas horas estarei
no trem para Varanasi, em seguida Mysore, Mumbai e depois quem sabe... nos
vemos em um mês.
Hari Om,
Mariette/Sara
Mariette
é graduada em Antropologia pela Universidade de Montreal. Ensina yoga alinhada
com a filosofia não dualista do Shivaismo Tântrico da Cachemira. Ela viaja
regularmente para Índia para continuar sua pesquisa sobre as tradições
esotéricas dos Tantras.
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