quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Sobre a vitória de Donald Trump e a evolução...

Algo ontem me dizia que essa vitória aconteceria, por isso talvez não tenha ficado tão surpresa com o resultado. Acontece que o processo evolutivo - individual e coletivo - não é linear... como já dizia Platão, o ser humano nessa dimensão só consegue aprender pelo oposto, e por isso temos a tendência a pendular o tempo todo. Não existe o ditado que é 8 ou 80? Pois é, esse ditado é fruto dessa questão pendular...

Então, se colocarmos o olhar sobre a vida no nosso planeta, de maneira coletiva, estamos vivendo tempos bastante difíceis, né? De grandes desigualdades sociais, um stress coletivo (e individual, claro!), com os seres cada vez mais distantes de uma vida harmônica, compartilhada, amorosa, verdadeira de fato... parece que a vida tem se tornado um eterno fazer e gastar dinheiro...
E essa vida que a maioria de nós tem levado, na minha visão, é, em grande parte (senão toda) fruto do modelo econômico capitalista, criado há não muito mais que 5 séculos (vivemos muito pouco a cada vida para ter uma dimensão exata do caminhar histórico da humanidade como um todo). E o capitalismo é um modelo baseado na exploração e acúmulo, em detrimento à realização e bem-estar dos seres. Ou seja, está na base do modelo!
Se a evolução se dá em espiral (de maneira pendular), ainda precisamos chegar ao ponto máximo deste modelo para que ele de fato possa ser substituído por um novo, melhor. E já vemos muitas iniciativas nesse sentido, com cada vez um número maior de pessoas escolhendo viver uma vida mais leve, mais harmônica, mais realizada e feliz, ainda que isso possa significar menos dinheiro. Mas para que haja a transformação mesmo, é preciso uma ampliação da consciência coletiva nesse sentido. E, portanto, só escancarando os problemas (sombras) desse modelo poderemos pendular para algo novo e melhor...
Talvez nada melhor que o "mais capitalista dos capitalistas", como me refiro à Donald Trump, para acelerar essa consciência coletiva...
Nada acontece por acaso, é só que às vezes não conseguimos entender naquele momento...
Em suma, para pensar... e conversarmos mais sobre isso, claro... quem quiser, estou aqui!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Autoconhecimento... o que é isso afinal?


Quem sou eu? Quais as etiquetas com que me apresento? Sou psicoterapeuta, junguiana, tenho 47 anos, sou mãe de um menino de 12 anos, moro em Bonfim Paulista, etc. etc. etc. etc.... o que isso diz de fato a meu respeito?

Tem uma sabedoria japonesa que diz que cada um de nós tem 3 caras: uma com a qual nos relacionamos com o mundo social, uma com a qual nos relacionamos nas nossas relações mais íntimas, mais próximas e uma com a qual nos relacionamos conosco mesmos. Aquele eu que sou quando ninguém me vê, quando não penso em ninguém mais que eu mesmo e o meu desejo mais profundo e secreto.

Sabe aquela versão secreta de nós mesmos, aquele eu que mora dentro de nós e que só nós conhecemos? Todos sentimos isso de uma forma ou de outra. Não?

E se nos arriscássemos a colocar no mundo esse secreto eu? Como seria?

Já parou para pensar o que nos impede de colocar esse secreto eu que somos no mundo? Que louca sou de querer colocar no mundo aquilo que mais desejo e que me motiva? Ora, ora, ora...

Autoconhecimento é um processo contínuo de desvendar essas diferentes caras de mim. Todas as partes que me compõe, como se manifestam, o que desejam, para onde me levam. E nessa busca, pra mim, vale tudo! Terapia, astrologia, yoga, meditação, filosofia, religião, massagem, acupuntura, leitura, grupos, silêncio, natureza, relações, sonhos, análises, relatos, pensamento... Tudo aquilo que me ajuda a reconhecer ou me assegurar de alguma faceta de mim...

E assim, processualmente, arriscadamente, vamos aprendendo a manifestar de forma mais integrada esse eu que somos, indivisível em partes que nos reduzem a isso ou aquilo. 

Coragem é bem necessária sim, mas a alternativa é tão monótona, unilateral, sofrida, que vale a pena pelo menos tentar novas possibilidades de ser! Não?

Na minha vida o processo de autoconhecimento foi e é imperativo. Sempre me surpreendo com novos aspectos de mim que sequer tinha antes me dado conta... Certamente me torna uma pessoa mais tranquila, esperançosa, paciente, perseverante, compassiva, centrada e amorosa, sobretudo comigo mesma, onde tudo começa! 


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Feminino e Masculino

Para além do sendo comum, do que exatamente estamos falando quando falamos em Feminino e Masculino? Observar as energias que circulam em nós pode ser uma maneira de olhar para isso:

Bases, estruturas, rotina diária, constância, cuidados básicos, corpo físico. Energia Yang, masculina.

Movimento, criação, procriação, sensualidade, prazeres, alimento. Energia Yin, feminina.

Poder, atitute, realização, empoderamento, lutar, buscar, vencer. Energia Yang, masculina.

Compaixão, amor, doação, entrega, gentileza, compartilhar, cuidar. Energia Yin, feminina.

Rir, brincar, cantar, expressar-se, falar, embelezar, encantar. Energia Yin, feminina.

Foco, intuição, atenção, meditação. Energia Yang, masculina.

Quais delas reconhece em você? Como elas fluem?

Todos temos essas energias em nós. Mais ou menos equilibradas. Mais ou menos intensas.
Acontece que vivemos num mundo onde as energias Yang são muito mais estimuladas o tempo todo, e podemos tender a um desequilíbrio, pelo maior exercício em umas vias energéticas que em outras.

Reequilibrar-se tem a ver com reconhecer essas energias e trabalhá-las na prática da vida diária, de forma equilibrada, distribuída... 

O equilíbrio em nós é equilíbrio no todo! 

domingo, 24 de julho de 2016

Autoestima: você sabe o que te nutre?

Autoestima = sentimento de carinho, afeto ou de admiração em relação a si próprio 

Cotidianamente trabalho essa questão no consultório. Ao longo da vida, somos tão acostumados a agradar ao outro como forma de conseguir amor e reconhecimento, que vamos deixando de saber como agradar a nós mesmos. E quando não sabemos como nos preenchermos e nos darmos prazer, amor e reconhecimento, vamos seguindo cada vez mais dependentes do amor e reconhecimento alheio.

É um círculo vicioso que precisamos aprender a reverter. Quanto mais nos esforçamos para buscar nosso preenchimento através do amor, presença e consideração do outro ao nosso redor, mais estamos passando uma mensagem para nosso EU mais verdadeiro: "você não vale nada, o outro é mais importante que você". Ora, se eu não dou valor ao que meu EU mais profundo quer/diz/é, quem dará valor??

Com isso, nosso EU vai se sentindo cada vez mais inseguro e não suficiente e portanto, vai se esforçando cada vez mais para ser o que não é, entendendo que é o que precisa ser feito para agradar ao outro e assim obter amor, atenção, reconhecimento....

Como virar o jogo? Aprendendo o que me nutre, o que me dá prazer, o que me dá aquele sentimento gostoso de "yes", consegui, eu posso, fui lá e fiz! Que me faz olhar no espelho e sentir admiração, carinho, respeito, estima por mim mesmo!

Mas como saber o que me nutre? Experimentando. E sentindo. E aprendendo.

A voz interior - aquela vozinha que fala em cada um de nós, baixinho no início, quase um susurro... - sempre tem um sonho, uma dica, uma vontade, um pensamento, uma outra versão de nós mesmos imaginada, quase secreta... pois basta ter coragem de dar vazão a essa voz, aos poucos, em pequenos gestos, atitudes, movimentos que nos dê prazer, nos preencha de sensações, pensamentos e sentimentos agradáveis, "quentinhos" para o nosso coração...

Fazer uma aula de pintura? dançar? experimentar uma receita nova? aprender um novo assunto por exemplo? fazer algum curso? meditar? comer mais frutas? caminhar mais? anotar seus sonhos e aprender com eles? uma tatuagem nova? realizar um projeto novo? renovar seu quarto? fazer uma exfoliação (com aveia é ótima!)/hidatação? costurar? começar yoga? 

O que te dá prazer? 

Pequenos gestos de carinho e nutrição consigo é que vão reverter a direção da energia e fazer girar o círculo, não mais vicioso, dependente e carente... mas virtuoso, energético, alegre, amoroso para si e para o outro... que é o que de mais lindo acontece quando estamos preenchidos, acarinhados, felizes... damos mais para o mundo!

Alguém aí já viu uma pessoa feliz maltratar alguém? Sabe aquele dia que acordamos diferentes, alegrinhos e preenchidos de amor?? Não é que damos um sorriso fácil para aqueles que encontramos e seguimos nosso dia espalhando amor e harmonia? 

Por isso, aprender o que nos nutre, nos deixa feliz de verdade é tão fundamental para a nossa vida como para a vida de todos ao nosso redor... A cada gesto de carinho e atenção conosco, nosso EU se fortalece, se expande e se encoraja. 

E assim, conforme vamos andando pela vida com a autoestima em dia, mais atenção, carinho e reconhecimento damos e recebemos! :)

Já se nutriu hoje?

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Sofrendo por medo de sofrer...

Invariavelmente acontece no consultório que ao analisarmos os medos daquele alguém na minha frente cheguemos a essa conclusão: o medo de sofrer por algo ou alguém nos mantém numa situação de sofrimento igual ou maior que o sofrimento do qual temos medo. Então eu brinco... ah então quer dizer que por medo de sofrer já vamos logo sofrendo que assim fica mais fácil?

Por exemplo, muitas vezes ficamos em relações onde não nos sentimos preenchidas, não nos sentimos ouvidas ou cuidadas por medo de ficarmos sozinhas. Ora, se estamos numa relação onde não nos sentimos preenchidas, não nos sentimos ouvidas e cuidadas, não estamos sozinhas nessa relação? Então, por medo de ficar sozinha, já vamos logo treinando a ficar sozinha, mesmo estando numa relação a dois??

Outro exemplo, quantas vezes fazemos de tudo para agradar a alguém - nossos pais, mães, maridos, namorados ou filhos - por medo de não sermos amadas?? Nunca dizer não, sempre aceitar o que vem do outro mesmo que aquilo não nos satisfaça e por vezes até inventarmos desculpas para justificar uma atitude do outro que no fundo não nos cai nada bem?

Mas se fazemos de tudo para agradar a alguém nos esquecendo de nós, das nossas necessidades e limites, a mensagem que estamos mandando para nosso eu mais profundo é: não sou amada pelo que sou e sinto, não valho a pena ser amada. 

Então, por medo de não sermos amadas já vamos logo nos deixando saber quanto não somos amadas. E sofremos...

Deu pra pegar a lógica da coisa? Vale a pena refletir, qual seu medo? Qual o sofrimento que virá caso aquilo que mais tememos aconteça? Será que já não estamos sofrendo exatamente por essa mesma razão??

sábado, 12 de março de 2016

Círculo de Mulheres - você já tem um?

Eu fui a primeira neta depois de 7 netos homens dos dois lados da família, do meu pai italiana/libanesa, e da minha mãe, italiana/brasileira. O nascimento da primeira menina foi um acontecimento e tanto.... mas vou pular a parte da história que diz que minha avó fez novena porque diziam "essa menina não vai vingar!".. depois que eu nasci e não mamava de jeito nenhum...

Mas cá estou eu, então, tudo funcionou afinal. 

Como podem imaginar com esse início de história, cresci num ambiente mais masculino que feminino. E minha madrinha e tia mais "mulherzinha" e libanesa da família morreu aos 30 e poucos anos, então não pude aprender com ela tudo que gostaria de ter aprendido.

Em algum momento da minha vida entrei mais profundamente nessa questão do feminino em mim e no mundo, depois de um insight importante no processo terapêutico ao longo do término do meu casamento. Fui estudar, me conectar com mulheres, entender melhor que história é essa de Círculos de Mulheres.

O fato que é que cada vez menos - e já há muito tempo - as mulheres tem tido espaço e tempo para nutrirem-se umas às outras como sempre fizeram ao longo de milhares de anos de história da humanidade. E com isso, perderam uma fonte de alimento e trocas que muito as ajudava na tarefa de nutrir o mundo ao seu redor. 

Os Círculos de Mulheres devolvem esse espaço e tempo para que as mulheres tenham uma convivência e troca generosa, compreensiva, nutridora. A troca das nossas próprias histórias, intermediadas por conhecimentos ancestrais e contemporâneos, nos levam a um novo patamar de entendimento e vivência do nosso feminino.

Para mim, participar de diferentes Círculos de Mulheres, ao longo dos últimos anos mudou completamente a maneira como eu me enxergo, me trato, me visto até! De nenhuma outra maneira poderia ter aprendido tanto.

Você já está em um Círculo de Mulheres? 


segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A astrologia em minha vida...

Faz pelo menos 20 anos que fiz meu primeiro mapa astral. Me lembro de ter ficado tão impressionada como alguém que nunca tinha me visto sabia tanto de mim, que me apaixonei! 

De lá até aqui, foram muitos outros mapas e astrólogos maravilhosos na minha jornada. A cada leitura um novo insight sobre o qual trabalhei meses em sonhos, terapia... sempre novos pontos de vista cada vez mais completos e complexos sobre as influências energéticas do céu sobre meus passos na Terra! :) 

Logo veio o primeiro livro para estudar astrologia mesmo... "Curso Básico de Astrologia" de Marion D. March e Joan McEvers. Excelente começo! Com ele mesmo já entendi que seriam muitos e muitos anos de estudo até que conseguisse compreender mais profundamente a astrologia e eu tinha muitas outras coisas para estudar também... 

E assim eu fiz, estudei Jung, Florais de Bach, Terapia Holística, Psicologia do Feminino etc... mas a Astrologia continuava ali, devagar e sempre... e os mapas também! :)

Hoje, sinto que a Astrologia é uma forma incrível de compreender os grandes e pequenos fluxos energéticos a que estamos sujeitos, no individual e no coletivo. Aliás a astrologia usada para entender os grandes movimentos coletivos, a que todos estamos sujeitos de maneira inexorável e que assim como os grandes movimentos culturais, econômicos ou migratórios, transformam as pessoas, os países e o planeta é a parte que mais me atrai, me instiga. É lindo perceber com clareza como tudo está conectado nesses fluxos! 

Conhecer-se através do mapa astral é uma experiência incrível. Se quiser, faça o seu mapa gratuitamente no site www.astro.com e pelo menos você já vai poder conhecer seu signo solar e ascendente! Que é o começo do começo... :)



domingo, 31 de janeiro de 2016

Minha ida ao Bach Centre na Inglaterra

Conhecer Mount Vernon e entrar na sala onde Dr. Bach trabalhou e que ainda parece ter a energia dele impregnada me causou uma emoção maior que eu jamais havia imaginado! Meu corpo se arrepiou e meus olhos ficaram marejados. A emoção e o forte sentimento de gratidão e amor que tomaram conta de mim são difíceis de descrever.



A casa é pequena e aconchegante e na sala onde ele trabalhava tem ainda as poltronas, a máquina de escrever, livros, desenhos e os primeiros vidros florais. Que lindos!



Fiquei por ali, lendo vários livros da biblioteca que não conhecia pois não foram ainda traduzidos para o português e não encontramos por aqui. Comprei vários, nem preciso dizer! :) Também comprei vários florais para renovar o meu estoque e alguns vidros de tratamento pintados à mão que me deixaram apaixonada!

Fui muito bem recebida e pude circular à vontade pela casa e pelo jardim, que apesar do inverno, me permitiu ver várias das plantas cujas flores são usadas para fazer os florais. Elas são identificadas com umas plaquinhas de madeira, fofas!






Quando saí de lá no táxi que me levaria de volta à estação de trem mais próxima, tinha comigo um sentimento de alegria e preenchimento por estado ali e me impregnar ainda mais dessa energia de cura pela natureza que Dr. Bach me ensinou!


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